A solidão é o colírio que nos faz enxergar a importância do outro.
A culpa é o amplificador que nos faz ouvir o choro do próximo.
A verdade é como agulha que espeta a carne até a alma.
A desigualdade e a injustiça compõem a carniça que nos impregna as narinas.
E a hipocrisia é o tempero insosso que nos permite engolir tudo isso, imaginando campos de alfazema, ao toque de uma brisa suave, ouvindo o canto dos passáros enquanto olhamos o mar.