Atas, pautas, memorandos,
Laudas, mails, tantos campos...
Num corpo sem saúde,
Uma alma sem vez.
Estudar línguas e linguagens
Mandarim, alemão, internetês...
Muitas horas, pouco tempo
Um relógio impaciente.
Já não sei o que é o relento
Sem direito de ser gente.
Faço do corpo um motor
Perda de tempo pensar em amor.
O mundo cobra, eu pago
Ignoro o estrago
De ser máquina, não humano
Acumular bens, eis o plano
Importância
Os amigos parecem não ter
Num mundo
Onde possuir mais vale que ser