Nada é por acaso!
Caso não tenha percebido,
Ou caso fade-se ao nada
Se o fardo não faz sentido
O sentimento ficou na estrada...
Desperte!
Desperte e veja!
Espreguice-se!
E não deixe que a preguiça seja
A força motriz da sua vida!
Há de se ir à lida!
Havemos de lidar com tudo!
Pois é melhor o guerreiro mudo
Que o falastrão que causa intriga!
Havemos de ser melhores!
De nossas vidas senhores
Havemos de ter amores!
Vivamos a nossa vida!
Textos que nascem da inspiração e da falta dela, da insônia e da vontade de escrever.
sexta-feira, 28 de setembro de 2018
sexta-feira, 27 de abril de 2018
Rascunho
O quarto do rei encontrava-se vazio e de janelas abertas!
O corpo que deveria ocupá-lo vagava nos corredores sobremuros que ligavam as torres de vigilância do castelo.
Não sabia o que o mantinha acordado! Pelo menos não especificamente.
Devia ser o conjunto, o amontoado de problemas e não apenas um deles de forma isolada.
A lua brilhando, sem nuvens que a protegessem do olhar dos humanos, assim como seu reflexo – trêmulo e luminescente - no espelho d'água, afastado das muralhas apenas pelo Pequeno Vale, por vezes o distraía, tirando o foco dos reais problemas que o levaram até ali. Poderia chorar...
“Por vezes, tempos de paz acabam por ferir-nos mais que a guerra. Não há o que, ou em quem descarregar ou vingar algo. Todas as feridas são solitárias. E tão profundas que nenhum unguento ou poção possam alcançar” - Devia chorar...
O rei desejava que seu pensamento não tivesse mergulhado tão profundamente dentro de si naquela noite. Gostaria sim de enfrentar seus fantasmas um a um e eliminá-los individualmente de sua mente. Mas não esperava aquela batalha covarde na qual fora atacado e cercado por todos ao mesmo tempo, circundando-o de todos os lados, de forma que não houvesse possibilidade de recuo. Precisava chorar...
Já no solstício seguinte, se completaria o segundo ano sem seu principal escudo e proteção a estes ataques: Sua rainha havia partido através da única grande estrada que não admitiria jamais o retorno de seus viajantes e o deixara a incumbência de ser também o responsável, ou entregar em mãos estranhas a educação de seus herdeiros, príncipe e princesas, que o peso do seu título não permitiria priorizar...
Queria chorar!
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