O que se passa aqui dentro
É complexo e confuso
Onde havia um plexo
Gira agora um fuso
Pensamento desconexo
Força já não uso
Há dias que adio o despertar
Onde ardia energia
De pulsante inspiração
Brotou melancolia
Iniciou-se retração
Os sins que antes dizia
Jazidos num único não
E turvos se tornam os dias
Em partes pelo medo
Que levam ao isolamento
Em outras por cada dedo
De cruel apontamento
Todas de um mesmo enredo
Materializado em sentimento
Há, porém, uma luz
A esta não domino
Embora tenha ciência
Pertence ao meu eu menino
E aguardo com paciência
A volta deste inquilino
Que me recupera a essência