Ouvimos músicas, embora não saibamos compô-las.
Lemos poesias, embora não possamos escrevê-las.
Soletramos palavras, embora não as tenhamos inventado.
Enfim, somos artistas do que não é nosso,
Somos conhecedores do alheio conhecer,
Sábios da sabedoria de terceiros,
Protagonistas da vida de outrém.
Não somos na essência do ser,
Mas nos sentimos mais essências
Do que se o fossemos para um ser menos importante.
Não brilhamos como as estrelas,
Mas nos sentimos mais brilhantes pelo simples fato de mirá-las.
Não vivemos a experiência mas aconselhamos
Como se tivéssemos a experiência de tê-la vivido.
Portanto, somos farsas de nós mesmos,
Cópias de nossas origens, origem de novas cópias.
Somos seres que vivem pra ser,
Vivemos vidas que deveriam ser vividas para viver.
Tomamos o light do que tem gás,
Comemos o diet do que tem doce,
Privamos as crianças do que não nos agrada.
E nos agradamos em ter privações.
Somos do nada por querer tudo
Buscamos o tudo por não ter nada,
Não o nada do tudo que buscamos,
Mas por não ter nada do tudo com que nascemos.
Somos falsos, somos farsas, somos falhos, simples falhas.
Ora, somos "humanos" e tentamos ser sociais.
Somos... ... ... Nós mesmos?
Um comentário:
porra!
eu num conhecia esse seu lado "sensível"
por isso tow entrando com tudo nesse seu lado! kkkkk
parabéns. ter amigos com tanto talento pra escrever é uma honra!
vlw
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