quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Chuva de pedras

O clima frio me consome
Teu nome em meu sobrenome
Não garante salvação
Quero entender o bicho homem
O que eles fazem em Teu nome
Não merece Teu perdão

E se ficar o bicho come
Na escola elas passam fome
Mas dão banquetes na prisão
A tempestade já não some
Me tratam como lobisomem
Cobram minha circuncisão

Nesse joguinho já não caio
Que vá pra caca do saralho
Essa sua dedicação
E nem que caia mais um raio
O meu desejo já não traio
Pra evitar tua traição

E quando vejo já é maio
Eu ainda no trabalho
Junho já nas suas mãos
Eu vou pegar logo um atalho
Tou dando fim a esse ensaio
E que comece a construção

Não vou cortar o meu cabelo
Também não vou ser engenheiro
Escolho minha profissão
Tú não vai ver o meu dinheiro
Não vou dar duro o ano inteiro
Para te dar a solução

Dessa história já tou cheio
Não nasci em navio negreiro
E aprendi a dizer não
Venha e me corte pelo meio
Quero ver se aguenta o cheiro
Da minha indgnação

2 comentários:

O Fantástico Mundo de Patrício disse...

uia!
a um passo dos sonetos...

Unknown disse...

huummm... to gostando de ler!