O clima frio me consome
Teu nome em meu sobrenome
Não garante salvação
Quero entender o bicho homem
O que eles fazem em Teu nome
Não merece Teu perdão
E se ficar o bicho come
Na escola elas passam fome
Mas dão banquetes na prisão
A tempestade já não some
Me tratam como lobisomem
Cobram minha circuncisão
Nesse joguinho já não caio
Que vá pra caca do saralho
Essa sua dedicação
E nem que caia mais um raio
O meu desejo já não traio
Pra evitar tua traição
E quando vejo já é maio
Eu ainda no trabalho
Junho já nas suas mãos
Eu vou pegar logo um atalho
Tou dando fim a esse ensaio
E que comece a construção
Não vou cortar o meu cabelo
Também não vou ser engenheiro
Escolho minha profissão
Tú não vai ver o meu dinheiro
Não vou dar duro o ano inteiro
Para te dar a solução
Dessa história já tou cheio
Não nasci em navio negreiro
E aprendi a dizer não
Venha e me corte pelo meio
Quero ver se aguenta o cheiro
Da minha indgnação
2 comentários:
uia!
a um passo dos sonetos...
huummm... to gostando de ler!
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