O verde mar se fecha
Sem navios a navegar
Foi-se o vento
Não mais velas
Nem bandeiras a bailar
Haja o fim de mais um dia
Vejo estrelas a brilhar
Longa estrada, Romaria
Sem companhia no além-mar
Dos amores me recordo
De tantas outras solidões
Dos meus versos, grosso modo
Meus acordes e canções
Foi-se a paz com mais um choro
O teu rosto em lembrança
Me refaço como um todo
Meu próprio par, penosa dança
Tenho a lua como guia
Mas subir não me convém
Já não tenho alegria
Só, me visto de ninguém
Tempo tenho em demasia
Mas não tenho o que sonhar
Jamais soube o que sentia,
Na escuridão, a estrela-do-mar
Textos que nascem da inspiração e da falta dela, da insônia e da vontade de escrever.
quinta-feira, 29 de dezembro de 2016
quinta-feira, 8 de dezembro de 2016
Passarada
Ao som
Do violoncelo
Selo e monto
Minha alma
Com a destreza
De um magrelo
Sem peito
Rosto amarelo
Mas com farta
E gorda calma
Tomo as rédeas
Coração
À âncora
Da mente
Que diz não
Renego
Em gargalhadas
Sem forma
Fome ou fonte
De renda
Rendo-me
À estrada
Na bagagem
Solidão
Mas tristeza
Levo não
De passagem
Passarada
Do violoncelo
Selo e monto
Minha alma
Com a destreza
De um magrelo
Sem peito
Rosto amarelo
Mas com farta
E gorda calma
Tomo as rédeas
Coração
À âncora
Da mente
Que diz não
Renego
Em gargalhadas
Sem forma
Fome ou fonte
De renda
Rendo-me
À estrada
Na bagagem
Solidão
Mas tristeza
Levo não
De passagem
Passarada
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