quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

plus+mais

Tanta gente tá cheirando a cocaína
A melhor idade pra morrer é sempre a minha
Não me importa se você está sozinha
Há tanta gente que nem faz nem sai de cima

Loucos que ainda têm medo de morrer
Querem passar esse medo pra você
So fast to live, so young to die
Só é normal quando já não se aguenta mais

Enquanto os porcos vão comendo seus farelos
Os brasileiros sem visão desse inferno
E no DF continua tudo em paz
Mais um povo elegendo Barrabás

Não interessa se a ficha não está limpa
Dinheiro e influência removem toda tinta
As cadeiras são as peças do espelho
De um povo branco, preto, cinza e vermelho

E neste mundo que você ia mudar
Jogar uma bomba, soltar pombas, inovar
Agora cê já começou a se encaixar
E só depende de quanto vão te pagar

Eu quero mais (mais, mais,mais)
Você quer mais (mais, mais,mais)
Só querem mais
sex, drugs & rock n' roll

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

ΣΓΛ ΡUΤΔΓIUΜ

Bandidos e golpistas habitam a classe média
Politicagem da fama, consumista, preenche a televisão
É quando a desciclo vence a wikipédia
Chama o deputado pra tocar, fazer Baião

O vereador já se encontra no palco
Interpretação de coreografias imorais
Glicose pro presidente, baixa o preço do álcool
Castelo Monalisa, império Minas Gerais

Pra que se matar em aula, presa numa sala
Se abanar o rabo é nossa educação
Basta escolher o vestido ou minisaia
Quanto mais curtinho, maior sua projeção

Para o ato de lecionar não é dada importância
Deixa tudo enfiado que é melhor a remuneração
Te dão mais valor se mostrar a ambundância
Mais e mais se perdem, seguem nessa direção

Alunas e professoras vão lucrando pelos fundos
Humoristas e cantores aproveitam e metem a mão
As músicas são vendidas, o Ibope vai subindo
E assim vão garantindo o futuro da nação

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Chuva de pedras

O clima frio me consome
Teu nome em meu sobrenome
Não garante salvação
Quero entender o bicho homem
O que eles fazem em Teu nome
Não merece Teu perdão

E se ficar o bicho come
Na escola elas passam fome
Mas dão banquetes na prisão
A tempestade já não some
Me tratam como lobisomem
Cobram minha circuncisão

Nesse joguinho já não caio
Que vá pra caca do saralho
Essa sua dedicação
E nem que caia mais um raio
O meu desejo já não traio
Pra evitar tua traição

E quando vejo já é maio
Eu ainda no trabalho
Junho já nas suas mãos
Eu vou pegar logo um atalho
Tou dando fim a esse ensaio
E que comece a construção

Não vou cortar o meu cabelo
Também não vou ser engenheiro
Escolho minha profissão
Tú não vai ver o meu dinheiro
Não vou dar duro o ano inteiro
Para te dar a solução

Dessa história já tou cheio
Não nasci em navio negreiro
E aprendi a dizer não
Venha e me corte pelo meio
Quero ver se aguenta o cheiro
Da minha indgnação

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Néon

Incomodam-se por eu ser eu mesmo
Mas sou eu mesmo por ser bom ator
Notícias são escritas em vermelho
De um sangue derramado sem amor

Palavras distorcidas, verdades escondidas
Mentiras em um rio de néon
A sopa das ruas vem por votos nas urnas
Ou votos de natal e ano bom

A pedra vira gordura no cachimbo
Vendendo uma viagem garantida
Os seres vagam soltos pelo limbo
Pra eles mais uma vida perdida

Cartazes com fotos de uma banda
Seus rostos estampados numa capa
Colocam os seus fãs numa ciranda
Pensam conhecer do que não sabem nada

Quando vi que acabou não tive medo
Talvez por que estava tão na cara
Pude suportar sérios segredos
Mas não uma mentira engraçada

Palavras distorcidas, verdades escondidas
Mentiras em um rio de néon
A sopa das ruas vem por votos nas urnas
Ou votos de natal e ano bom

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Sem Título (por enquanto) 1

Às vezes se perguntam, e outros ME perguntam sobre a existência de Deus
Às vezes me pergunto sobre minha existência.
Quase sempre me pergunto se existe um sentido
Então, sempre encontro uma resposta e logo volto a me perguntar.

Por onde passo vejo edifícios, pessoas vejo milhares
Embora saiba que só por aqui elas já são milhões
Carros passam famintos, cada um deles digerindo ao menos uma pessoa
Não tão famintos assim...
Parando pra observar, a grande maioria só engoliu uma pessoa cada.

A não ser os maiores...
Estes passam lotados, satisfeitos, abarrotados
São diferentes dos menores, engolem muitos de uma só vez.
E a cada porção que põem pra fora, engolem mais um, dois, três...

Os menores são mais exigentes, de paladar mais aguçado
Pros menores é exigido um tempero financeiro,
Pros maiores vai quem não está temperado.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

O rosto de Maria

Lembro da época
Em que escrevia
De quando vivia
De quando sonhava

Lembro de quando
Acordava e ia
Dar bom dia ao dia
E ao sol que raiava

Lembro do vento
Que no rosto batia
Despertava alegria
E as dores curava

Lembro de ver
O rosto de Maria
Que p'ra mim sorria
E então me alegrava

Mas lembro de vir
P'ra essa romaria
Não ouço sapo nem gia
Que na lagoa escutava

Voltando no tempo
Feliz eu seria
Cantando estaria
Como antes cantava

Não teria a dor
Que antes não sentia
Alegre eu sorria
Sem limites ou trava.

domingo, 28 de junho de 2009

Somos

Ouvimos músicas, embora não saibamos compô-las.
Lemos poesias, embora não possamos escrevê-las.
Soletramos palavras, embora não as tenhamos inventado.
Enfim, somos artistas do que não é nosso,
Somos conhecedores do alheio conhecer,
Sábios da sabedoria de terceiros,
Protagonistas da vida de outrém.

Não somos na essência do ser,
Mas nos sentimos mais essências
Do que se o fossemos para um ser menos importante.

Não brilhamos como as estrelas,
Mas nos sentimos mais brilhantes pelo simples fato de mirá-las.

Não vivemos a experiência mas aconselhamos
Como se tivéssemos a experiência de tê-la vivido.

Portanto, somos farsas de nós mesmos,
Cópias de nossas origens, origem de novas cópias.
Somos seres que vivem pra ser,
Vivemos vidas que deveriam ser vividas para viver.

Tomamos o light do que tem gás,
Comemos o diet do que tem doce,
Privamos as crianças do que não nos agrada.
E nos agradamos em ter privações.

Somos do nada por querer tudo
Buscamos o tudo por não ter nada,
Não o nada do tudo que buscamos,
Mas por não ter nada do tudo com que nascemos.

Somos falsos, somos farsas, somos falhos, simples falhas.
Ora, somos "humanos" e tentamos ser sociais.

Somos... ... ... Nós mesmos?